“Por que os estudantes colam?” Essa é uma pergunta recorrente entre educadores e instituições que buscam fortalecer a cultura de integridade acadêmica.
A cada novo semestre, recebemos em sala (presencial ou virtual) uma nova turma de alunos. Começamos do zero: estabelecemos objetivos claros de aprendizagem e expectativas definidas. Ainda assim, sabemos que muitos estudantes cometerão algum tipo de infração acadêmica ao longo do ano. Mas por quê? E o que podemos fazer para identificar esses alunos e ajudá-los a desenvolver uma conduta mais íntegra? A seguir, algumas respostas.
Os motivos são variados — e nem sempre são os que esperamos. Pressão acadêmica, prazos curtos, satisfação com o curso, relação com professores e domínio do idioma são apenas alguns dos fatores que influenciam esse comportamento.
Algumas razões comuns para a cola incluem:
Não se trata apenas de querer um atalho para o sucesso — embora esse seja um dos motivos. Pesquisas mostram que alguns estudantes têm maior propensão à desonestidade e são menos sensíveis ao risco de serem descobertos. A verdade é que muitos que colam estão enfrentando dificuldades emocionais ou acadêmicas. A boa notícia é que isso pode ser mitigado com intervenção pedagógica e ajustes curriculares.
Embora muitos professores tentem “identificar coladores”, não há um perfil óbvio. Não é possível olhar para a sala e apontar quem está usando IA indevidamente, comprando trabalhos ou utilizando ferramentas para driblar a detecção de plágio.
Estudantes que colam podem ser:
Eles estão sob pressão, lidando com expectativas altas, múltiplos idiomas e diversos obstáculos pessoais e acadêmicos.
Essa é uma questão delicada para os professores. Apesar dos esforços em educar os alunos sobre integridade, os limites parecem cada vez mais difusos.
Ferramentas de IA fazem tarefas com um clique, redes sociais promovem atalhos acadêmicos e empresas de venda de trabalhos continuam explorando estudantes vulneráveis. Não é de se admirar que os estudantes se sintam confusos, pressionados e tentados — o que ajuda a explicar o aumento no plágio.
Mesmo quando sabem que estão colando, muitos entram em negação.
O pesquisador Dr. David Rettinger explica que os alunos não querem se ver como imorais. Muitas vezes, racionalizam seus atos como legítimos — por exemplo, ao não enxergar valor na tarefa (Simmons, 2018). Ou seja, podem não considerar que estão colando, mesmo quando os professores veem claramente esse comportamento.
Apoiar esses alunos é uma forma proativa de combater a desonestidade acadêmica e melhorar os resultados educacionais — tanto para os estudantes quanto para as instituições e a sociedade.
Os alunos em risco nem sempre são fáceis de identificar, mas os fatores de risco — como desconexão com os estudos, estresse e pressão — são. Reduzir esses fatores ajuda a prevenir condutas desonestas, e intervenções precoces trazem diversos benefícios:
Saber os motivos por trás da cola permite traçar estratégias eficazes para combatê-la. Por exemplo:
Educar sobre o que é desonestidade acadêmica A clareza sobre o que constitui cola é essencial. Quanto mais consciência os alunos tiverem, menor a chance de justificarem atalhos. A educação sobre integridade deve mostrar o valor do aprendizado em si, não apenas das notas — e promover o desenvolvimento de uma ética pessoal (Janinovic, Pekovic e Vuckovic, 2024). A Turnitin oferece recursos como Achieving Academic Integrity para esse fim.
Reconhecer diferenças culturais A ideia de integridade acadêmica está alinhada a valores ocidentais. Estudantes internacionais podem enfrentar dificuldades ao se adaptar, especialmente quando sua reputação pessoal está em jogo. Aqueles que estudam em outra língua precisam de apoio extra para lidar com a alta exigência e pressão.
Oferecer apoio estruturado (scaffolding) A introdução de tarefas e conceitos de forma gradual ajuda alunos vulneráveis a desenvolverem novas competências sem o medo constante de falhar. Isso reduz a ansiedade e fortalece a aprendizagem.
Estar atento aos sinais e ouvir os alunos Estudo da Harvard School of Education destaca que os alunos valorizam professores que escutam e respondem às suas necessidades. Eles desejam apoio integral para manter comportamentos éticos e alcançar seus objetivos.
Fortalecer relações em sala de aula Um ambiente acolhedor, com senso de pertencimento, reduz a propensão à cola. Quando os alunos sentem que seus professores se importam, desenvolvem maior motivação interna e persistência.
Melhorar o desenho das avaliações Avaliações frequentes, com baixo peso e espaço para erro (formativas), ajudam os alunos a aprender com seus erros e a seguir progredindo. Elas também fornecem dados valiosos aos professores sobre o desenvolvimento dos estudantes. Diversificar os formatos também contempla diferentes estilos de aprendizagem.
Promover uma cultura institucional de integridade Combater o “todo mundo faz” exige uma cultura visível de integridade acadêmica. Isso inclui códigos de honra, definições claras, e o uso de ferramentas como a Turnitin para detectar plágio e reforçar a honestidade.
Dar poder aos professores para agir Softwares como o Turnitin Originality ajudam professores a identificar possíveis infrações com base em dados, oferecendo confiança e evidências para dialogar com os alunos — além de permitir que os próprios estudantes corrijam plágios não intencionais antes que o problema cresça.
Com as estruturas certas de apoio e um ambiente que valorize o aprendizado real, os educadores podem ajudar os alunos a focar no que realmente importa: aprender. Assim, as soluções fáceis — como colar — deixam de ser uma opção viável ou atraente.
Saiba mais em: https://www.turnitin.com/blog/what-does-a-cheater-look-like-how-to-help-at-risk-students
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