Ensaiar para um debate difícil na escola pode ajudar a garantir um resultado mais produtivo O diálogo é necessário para a colaboração e o crescimento. No entanto, nas conversas que envolvem tópicos delicados, dar instruções claras ou fornecer feedback (retorno avaliativo) pode ser um momento desafiador.
Por exemplo, buscamos pedir e oferecer retorno para evoluir profissionalmente. Por mais que uma pessoa reflita sobre suas ações, ela não saberá quais são seus pontos cegos e áreas de crescimento sem a percepção de outros. Por meio do diálogo, podemos realizar esse processo e descobrir estratégias que podemos testar.
Como educadores, precisamos nos esforçar todos os dias para melhorar nossas conversas com alunos, colegas e famílias, a fim de nos comunicarmos de forma eficaz e construir um senso de pertencimento e valorização. É aqui que o ensaio pode ajudar.
Ensaiando diálogos para conversas difíceis
Ao preparar conversas que envolvem feedback, é importante planejar as falas e ensaiar a linguagem. Isso nos ajuda a estar mais preparados para conversas desafiadoras, além de criar caminhos no cérebro que apoiam futuros diálogos.
Planejar e ensaiar nossas intervenções nos ajuda a refinar a linguagem para que seja clara, concisa e intencional.
A consultora educacional e de comunicação Jen Abrams oferece um mapa de resultados útil para o planejamento de conversas difíceis. Eu o utilizei em várias ocasiões para organizar meus pensamentos e me preparar para conversas complicadas. Prefiro chamar essas conversas de corajosas ou curativas, pois a linguagem importa.
O objetivo dessas conversas é fornecer feedback e desenvolver um plano de crescimento. Ao planejar, anoto frases curtas para cada uma das seguintes perguntas, trazendo exemplos na sequência. A preparação é fundamental para nos sentirmos prontos e manter a confiança, tanto em nós mesmos quanto nos outros.
Como vou abordar a pessoa para perguntar quando seria um bom momento para conversar?
“Estou pensando se poderíamos conversar por cinco ou dez minutos hoje ou amanhã sobre as reuniões da equipe. Valorizo sua abertura ao feedback e gostaria de discutir algo que notei.”
Qual é a questão ou problema recente e seu impacto?
“Na terça-feira, você se esqueceu de trazer o trabalho dos alunos para nossa reunião. O impacto disso foi que você não pôde refletir sobre o desempenho dos alunos e planejar ações adequadas. Os colegas também foram impactados, pois não puderam colaborar plenamente.”
O que precisa acontecer em vez disso?
Como isso se parece e soa para você? “Temos um compromisso de equipe ao trazer o trabalho dos alunos, a fim de focar no crescimento dos estudantes. Isso significa chegar à reunião com todos os artefatos que concordamos em trazer semanalmente.”
Por que a pessoa pode não estar se comportando da maneira desejada?
“O que você pensa sobre isso? Você também notou isso? O que pode estar impedindo você de trazer o trabalho?” Que apoio posso oferecer à pessoa? “O que posso fazer para ajudar? [Dê espaço para que eles possam sugerir ideias e venha preparado com algumas sugestões, caso precise.]”
Que apoio eu preciso para me sentir o mais preparado possível?
“Antes de abordar o colega, preciso de um parceiro de reflexão? Um ensaio? Existem recursos que planejo trazer como parte da nossa estratégia?”
Acredito que preparar conversas de feedback leva a resultados muito mais produtivos e me abastece de ideias para conversas futuras. À medida que me preparo, ensaio e participo de conversas, estou construindo caminhos neurais que me permitem acessar estratégias e a linguagem em interações futuras.
Saiba mais em: https://porvir.org/conversas-dificeis-na-escola/
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